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domingo, 30 de dezembro de 2012

Ano Novo


Quase fim
inicia-se mais uma vez
não há derrotas
se ainda respira
são muitos brindando
e esquivo não bato palmas
desatando nós
no entrelaço dos dedos

nessa hipocrisia de mãos e falas
salva-se o calar e o aperto
piso no chão que me abriga
sem que ninguém me olhe

mesmo roto ainda mantenho o gosto
desiludindo o que parece
não que caiba no tempo
mas não há poréns que bastem

Seguro nas montanhas o mar
dou adeus sem que haja a despedida
copo preso nas mãos é minha oração
amontoados meus ossos em mais um ano
há quem segure-os
que os banhem em saliva
os bons amigos acertam baixo
quando partirmos mais uma vez

Nós seremos amor

Se fossemos medo
Qual seríamos?

corpos ainda jovens se queimam ao sol
com meus ossos de chumbo eu imortalizo
e a pele branca a perfeição se chega
O segredo em um gole
qual seria?
quando a boca se cala
haverá saliva
quando não houver distância
um toque
da inercia
ao movimento
sussurre
grite
ame

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Tempos


Eu era o Senhor tristeza
de algum mundinho perplexo
Tinha ódio nos ossos
com alguns goles eu era o pior
me calei num instante...
Havia ela toda em mim