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terça-feira, 21 de abril de 2015

Redenção

Quem agora carrega a cruz como o novo mártir sem saber o por quê?

Quando há fome e os joelhos não podem dobrar sob essa terra que não é sua

Por que quando chora a água doce das tempestades faz esquecer o sabor amargo das derrotas?

Levante as mãos com suas mínimas pretensões
porque vontade sem suor não existe

O paraíso prometido está no brilho inextinguível dos seus próprios olhos E erga o que não é fábula

domingo, 12 de abril de 2015

Degraus até Deus

Entorpecido me curvo na privada dessa vida que cabe numa gota mínima
no mar ausente da minha montanha
que inteiro cabe no meu rosto

Beijo aos mãos da minha mãe
ao meu pai o vício que nunca herdei
O ostento como minha bandeira de guerra

Demoro na partida negando sempre ser partido em dois
assistindo a reprise de mesmo teatro com lotação esgotada

teu solo para para teus joelhos
Teu céu para teu olhos
Me segure uma única vez