Tenho o ódio
Em um prato de barro
Nenhuma queixa sob minhas orelhas cortadas
Tenho o tempo
Em um corpo fechado
Nenhum sacrifício sob a virgem esquecida num copo
Agradeço pelos pés no mundo
A cabeça sempre erguida
Mérito desse bastardo aqui
Tenho o ódio
Em um prato de barro
Nenhuma queixa sob minhas orelhas cortadas
Tenho o tempo
Em um corpo fechado
Nenhum sacrifício sob a virgem esquecida num copo
Agradeço pelos pés no mundo
A cabeça sempre erguida
Mérito desse bastardo aqui
O sabor gélido
de uma esquina
amarelada
O chão duro
atravessando o corpo
sem etiquetas
usado
Chafariz da boca aberta
honrado o fígado de Deus
O céu sem oração
Os bolsos sem costura interna
Zero horas
Zé ninguém