Na fenda escura
me cobri de pétalas brancas
Forjei na boca
o meu patíbulo
fiz dos meus algozes
provetas
refleti o velho
rouco pari um ditado
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Do ventre cinza
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Meio da tarde
Há um pássaro de mal humor
que ali da janela me olha
sem canto
apenas observando a fumaça do cigarro subir
me olha como se percebesse a falta de algo
se destaca no cinza do dia
sendo chumbo derretido
ele quer dizer algo
não há nada mais a se dizer nesse tempo
Recordo os pedaços que caíram
contra a minha vontade
Quando me levantei
o pássaro de mal humor partiu
Café quente pela goela
e mais algumas horas
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