Não consigo sentir a chuva caindo do lado de fora
como o homem enforcado aos pés de Fátima sentiu
pastéis de carne com velas derretidas
na procissão que segui calado
Só
Com amores perdidos aos finais de semanas atravessando cada gota com a lenha ao fogo
Recorrendo as poças d'água para limpar manhãs de futuro
e no presente o fracasso junto aos mestres
As tardes que perpetuavam os bolsos vazios com essas mãos aqui
Com o primeiro gole o cinza que desceu minha garganta
estampidos no banheiro
Outra corda na árvore
e nem deus sentiu a chuva caindo
Nenhum comentário:
Postar um comentário