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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Algoz de si

Passo ligeiro
nem concreto toma gosto do meu corpo
Faz frio no inferno
sequer Cristo ora
deposito minha esperança partida
no suor que não enxugo
conto horas como cada prego que ponho no meu caixão
O ano terminando e não virei herói
não estampei os jornais com sangue
nem em lençóis fui amor eterno
Eu já dei flores
agora dou caixão
desculpa mãe
oração agora não me basta
tô tentando não morrer pelo caminho
tô tentando vomitar minha luz
mas quem sou eu pra achar que é caminho?

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