Deprime-me o gargalo com a última gota que cai boca a dentro de desesperanças caladas que quando ditas são em desespero.
Esqueço.
Deprime-me o gargalo com a última gota que cai boca a dentro de desesperanças caladas que quando ditas são em desespero.
Esqueço.
Meu avô odiava pessoas e quando minha avó morreu, só lhe sobrou ódio ainda mais aos alheios. Mamãe contava histórias de como o velho se tornou mais rabugento do que era.
"Uma pinga, uma briga e uma trepada" Berrava naquela terra tão sua e de ninguém mais.
Mas acho que ele tinha sido feliz no começo.
Queria morrer no último mês
Mas só conseguia beber fora do calendário
Queria as noites desesperadas
mas só tinha manhãs de atraso
Eu não tinha nem meio fio
mas eu deitava em qualquer lugar
Das solitárias esperas
dos porres esporrados garganta abaixo
minha estrada é solidão
de anestesias em vidros
de bucetas dobrando amor
no cinza da cidade em mim
Se eu pulasse da ponte
dos teus pensamentos para a realidade?
no que antes fosse nossa loucura?
eu caminho entre o cinza
e se pudesse me ver agora
com o orgulho de pé
não são essas suas lágrimas
das quais eu nunca irei me afogar
ninguém pode negar que eu tenha tentado
até mesmo tomar sol pelas manhãs
Da infância recém partida em ossos
sobrepondo-me ao cinza
algozes todos os meus anos
mas eu cheguei sem frutos
desbotada a pele que brinda hoje
goela abaixo menos 1
e então eu lembrava dos lírios
vovó cultivando-os aos domingos
arrancandos quando o fim chegou
perpetuando a sina em quedas
no silêncio a voz rompeu
orgulhando-me do movimento
um arco em riste aos inimigos
ferindo?
O sagitariano
o último dos filhos
em oposição ao certo
imigrante meu sangue
que ainda não derramado
anseia a alma mais famélica
só minha
olhando petrópolis
não se decomponhe