A flor no vaso era um punhal
que forçava contra meus olhos
sob a meia luz vinha a semana
eu não enlouquecia pela manhã
Derramava o café garganta abaixo
despertava o interesse e olhava
acontecimentos num circo
se havia sorriso eu não via nenhum
Eu não dava bom dia à ninguém
calava-me durante algum tempo
em silêncio gritava sem ser ouvido
era alguma música que cantava
Olha-me o cachorro fiel
ao meu lado quando escrevia
entre o tédio e o medo
era feliz apenas em momentos
O chão acolheu meus ossos
23 anos amontoados até aqui
pensei que não amaria
me enganei e foi a melhor coisa
E o próximo ato?
copo ou garrafa?
fumaça ou agulha?
Apenas amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário