Ando pelo vale da minha cabeça onde o sol não chega
Deito no chão ermo com o peito aberto esperando o cuspe de deus
As virgens cantam em oração
Quando a chuva desce
Dobram os joelhos imaturos
Esperando o próximo carrasco
Bebo a solidão estampada nos cacos do meu caos
Ausência dos meus dias os pés descalços no berço da montanha
Os anjos abrem as pernas por menos do que um gota de suor
Se não podemos voar
o sonho vira pesadelo na última hora
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